segunda-feira, 22 de maio de 2017

O QUE É O BULLYING

É um tema muito relevante, embora os números não nos digam que esteja a aumentar. Dados oficiais do “Relatório Segurança na Escola” de 2014 apontam para 1446 casos reportados. Estes dados não podem, nem devem, ser usados para medir a extensão real do problema, mas são os que na realidade são utilizados e orientam de um modo enviesado as políticas na área. 
Os estudos desenvolvidos pela comunidade científica revelam que um em cada cinco alunos do Ensino Básico estão envolvidos em situações de bullying. Se tivermos em conta os alunos inscritos no ensino público, estamos a falar de 240 mil crianças… E muitos casos não se conhecem, pois as vítimas não o revelam.
Para que haja bullying é necessário que haja intencionalidade de causar dano e humilhar a vítima e há um desequilíbrio de poder, através do qual o agressor pretende obter vantagens sociais de liderança perante os pares. E, muito importante, acontece repetidamente, ao longo do tempo. É esta questão da repetição que traz consequências psicológicas muito mais graves.
As ações negativas de bullying podem ser físicas (por exemplo, bater, empurrar), verbais (chamar nomes, caluniar, ameaçar), sociais (excluir, intimidar, ignorar), sexuais (abusos, gestos ou olhares ordinários) ou virtuais (através do telemóvel e internet).
É essencial que os pais estejam atentos ao desempenho escolar dos filhos, mas também a alterações de humor, a situações como não quererem contar o que se passa na escola, tentarem desviar a atenção… As melhores formas de prevenção por parte dos pais são a promoção, desde cedo, da comunicação e do diálogo, o dar atenção e afeto e, nas suas práticas, rejeitarem qualquer forma de violência. 
Devem aproveitar as reuniões com os professores para saber o que se passa socialmente com os seus filhos. Esse acompanhamento e supervisão é indispensável, mesmo com adolescentes. Não esquecendo, também, o equilíbrio com a autonomia e a responsabilidade.  


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